terça-feira, 2 de agosto de 2016

retrato do ausente

Nas entranhas
abrir cada camada do fútil corpo
se ver como carne moleculares
vasos ligamentos carne carne
feijão com arroz, inflação

pelo caleidoscópio
mar de pensamentos insanos
dança a sintonia de um universo
primitivo

na contemplação das ausências
perde-se o contato com
os homem-máquinas
que se vêem nú pelo-a-pelo no espelho
toda manhã
desvaneiando-se no espanto
íntimo e mesquinho
de quem se contenta com
punheta seca
internet 100 mega

falo em uma língua
que não se ouve